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26/11/2019
A profissão síndico
O ser humano muda, a sociedade muda, as relações sociais mudam, mudam-se os valores e assim caminha a humanidade, com avanços e alguns retrocessos, mas sempre evoluindo.

A frase instrutória tem a ver com o surgimento da profissão de síndico.

Tendo morado por várias décadas em edifício venho notando a mudança de comportamento dos moradores.

No passado o índice de participação nas assembleias condominiais era bem mais alto do que o atual. Ouso dizer que mais de 50% dos moradores estavam presentes nas mesmas, quando atualmente esse percentual, na média, pouco passa de 30%, chegando em alguns casos a menos de 20%.

A explicação para esse fenômeno não vem ao caso neste artigo, mas para não fugir totalmente da análise podem ser mencionados os fatos como um maior estresse no trabalho, trânsito cada vez mais caótico, velocidade média nas cidades diminuindo a cada ano por conta do tráfego intenso, necessidade de frequentar cursos além do expediente comercial para se manter no emprego etc, tudo fazendo com que o morador não tenha tempo suficiente para comparecer nas assembleias e tampouco ânimo para diagnosticar e enfrentar os problemas que surgem nos Condomínios.

E por conta disso tudo é que surge a profissão do Síndico Profissional, já que cada vez menos moradores aceitam arcar com esse ônus, muitas vezes sem qualquer remuneração e quanto muito apenas deixando de pagar a taxa condominial mensal.

Naturalmente quando o Condomínio chega nessa situação e contrato um profissional geralmente tem o custo mensal aumentado, pois não se consegue contratar um síndico profissional ao custo mensal de uma taxa condominial, que em média gira entre 500,00 e 2.000,00.

Mas, é o preço que todos pagam para se desincumbirem dessa atribuição.

Aspectos que mostram que haverá uma melhora na prestação de serviços é a especialização que esses profissionais passarão a ter, porque deverão estudar as leis que regem os Condomínios, a jurisprudência, balanços, pesquisar e conhecer fornecedores, saber negociar e gerir recursos humanos etc.

E com tal conhecimento, não sendo condômino, e, portanto, imparcial quanto aos problemas que surgirem, é que ele poderá mais facilmente evitar que pequenos conflitos se transformem em litígios judiciais, muitas vezes debilitando a relação pessoal entre condôminos.

E para isso deverá ter a habilidade e conhecimento para ouvir todas as partes envolvidas no problema, diagnosticando-o, sugerir mudanças e convencer a respeito da necessidade de implantá-las.
 
Fonte Imagem: Freepik | Arte: becartt


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Dr. Marcos Pinto Nieto
OAB 166.178/SP


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